Metade dos professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais está parada há dois meses

Baixo salário – Os profissionais de Educação de Minas Gerais decidiram publicar os contracheques e encaminhar um kit-salário para os jornais e outros meios de comunicação do estado. O Sindicato Único dos Trabalhadores de Educação em Minas Gerais garantiu que existe no armário do atual senador e provável candidato ao Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB), um tremendo esqueleto agora administrado por Antônio Anastasia: o choque de gestão.

Mas, antes do esqueleto, a greve. A paralisação atinge, por decisão da Justiça, 50% dos 380 mil trabalhadores em educação de Minas, em todas as regiões do estado. Ela foi deflagrada, como a greve de Santa Catarina (onde os professores acreditam ter obtido uma importante vitória política), para garantir a implementação do Piso Salarial do Magistério, segundo informou em seu blog jornalista Luiz Carlos Azenha. O professor que tem ensino médio ganha R$ 369,00 mensais de salário inicial; o professor com licenciatura plena, R$ 550,00.

Professores da rede pública já estão há quase dois meses em greve em algumas escolas estaduais de Minas Gerais. A adesão é parcial, já que a grande maioria das escolas não participa do movimento. Apenas em 75 cinco escolas de todo o Estado, a paralisação é total. Os professores reivindicam melhoria salarial, sem excluir os benefícios que já recebem, de acordo com informações publicadas hoje pela “EPTV.com”.

Hoje o piso nacional é de R$ 1.187 mais benefícios por 40 horas de trabalho por semana. Já em Minas Gerais, o valor é de R$ 1.122 por 24 horas de trabalho. Mas segundo os professores, com esse novo valor que foi estipulado pelo governo de Minas no início do ano, todos os direitos adquiridos foram excluídos, como a valorização do tempo de carreira. A Secretaria de Estado da Educação diz que o piso estadual cumpre o que determina o Ministério da Educação.