Pirotécnico como as ações de Lula, “Brasil Maior” carece de detalhes para surtir os efeitos prometidos

Conversa fiada – Quando sua candidatura ao Palácio do Planalto passou para o campo da oficialidade, Dilma Rousseff foi apresentada ao eleitorado brasileiro como a garantia de continuidade da administração de Luiz Inácio da Silva, responsável pelo período mais corrupto da história política nacional. Durante os oito anos em que esteve na presidência, Lula insistiu em afirmar que desconhecia os inúmeros casos de corrupção que marcaram sua passagem pelo poder.

De igual modo, Lula sempre abusou da pirotecnia palaciana para embalar um governo que sabidamente era um mar que mesclou incompetência com factóides. Prova maior disso é o cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento, que está muito aquém das necessidades mínimas do País.

Emoldurada por casos de corrupção desde que chegou ao Planalto, a presidente Dilma apresentou à nação como implacável ao promover uma faxina no Ministério dos Transportes, que foi alvo de acusações de superfaturamento de obras e cobrança de propinas, mas repete o seu antecessor ao não permitir que as denúncias sejam investigadas com isenção.

Para interromper a maré baixa que se abateu sobre seu governo, Dilma Rousseff anunciou nesta semana o programa “Brasil Maior” – mais um nome imponente criado pelos marqueteiros presidenciais, mas o conteúdo do programa ainda caminha na obscuridade, pois detalhes ainda estão sendo discutidos com setores da economia. É o caso do segmento de automóveis, que terá redução de IPI no setor produtivo até 2016. Mas até agora não se sabe as regras desse benefício fiscal, assunto que deve ser solucionado nas próximas semanas por representantes do governo e das montadoras.

Na verdade, a redução de IPI não chegará ao bolso do consumidor, que mais uma vez será bombardeado pelas ações publicitárias dos fabricantes de veículos, que em breve terão de desovar seus estoques. É preciso muita atenção.