Comparações – Estudo “Classe Média em Números” informa que a maioria classe média brasileira, ou a Classe C, reside na zona urbana e em cidades de pequeno porte (45%). A grande maioria dessas pessoas (48%) que ganha entre R$ 1 mil e R$ 4 mil, vive na região Sudeste, enquanto o Nordeste ainda concentra a maior parcela dos pobres (48% da classe baixa brasileira). E a grande parte dessa população é jovem – entre 20 e 24 anos. Ao todo, 9,3% da classe C estão nessa faixa etária, contra 7,8% da classe alta e 7,7% da baixa.
Os números foram repassados na manhã desta quarta-feira (10) pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Moreira Franco, em entrevista no programa “Bom Dia Ministro”, produzido pelo Palácio do Planalto. De acordo com Moreira Franco, na última década, 31 milhões de pessoas entraram na classe média brasileira.
A maior parte das famílias, 63%, possui apenas um ou dois filhos. Em termos raciais, os negros, que em 1999 correspondiam a 36% da classe média, 10 anos depois passaram a responder por quase metade desse estrato social (48%). Apesar disso, na classe baixa eles ainda são a grande maioria (67%).
Em 2003 a classe média correspondia a 40% da população, proporção esta que saltou para 52% seis anos depois. Em termos absolutos, a classe baixa, por sua vez, caiu de 85 milhões para 61 milhões nesse período. Ao fim de 2003, quase 40% da população brasileira vivia abaixo da linha da pobreza, sendo que em 2009 24% dos brasileiros estavam nessa situação.
“Essa ascensão acelerada é resultado das políticas de proteção social, da retomada do crescimento econômico inclusivo, da expansão do emprego e do acesso ao crédito, assim como do aumento no grau de escolarização da sociedade”, garante o secretário.