Bang-bang – Em meados de 2007, semanas antes da abertura dos Jogos Pan-Americanos, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse, sem medo de errar, que o Rio de Janeiro, encerrado o evento esportivo, teria o melhor e mais eficiente sistema de segurança pública do País. Não precisou muito tempo para que o brasileiro percebesse mais uma vez tratava-se de um rompante de mitomania do ex-metalúrgico, que não sem importa em faltar com a verdade diante da sociedade, desde que a mentira lhe renda alguns momentos de glória encomendada.
Longe do poder desde 1º de janeiro passado, Lula tem evitado comentar determinados assuntos, assim como faz a claque plateia que diuturnamente o adula. Nos últimos dias, o Rio de Janeiro serviu para comprovar que o palavrório do ex-presidente não passou de um engodo. O seqüestro de um ônibus na Avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense, mostrou que as promessas de Lula não vingaram e que a pretérita declaração do governador Sérgio Cabral Filho, de que a criminalidade estava com os dias contados, era falsa.
Para complicar ainda mais a fanfarrice de Lula e Cabral Filho, policiais militares que foram chamados para atender a ocorrência acabaram disparando contra os seqüestradores e alvejaram uma passageira, que continua internada em estado grave em um hospital do Rio de Janeiro.
Como se não bastasse, a juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada na madrugada desta sexta-feira (12), quando chegava no comdomínio em que residia, em Niterói. Acioli era conhecida pela dureza das sentenças que proferia e por combater o crime organizado, em especial as milícias e os grupos de extermínio. É bom lembrar que as milícias são formadas a partir do conluio de criminosos e policiais.
De tal modo, Lula da Silva e Cabral Filho, se corajosos forem, devem aparecer em publico para explicar os discursos do passado, pois o Rio de Janeiro continua um faroeste a céu aberto.