Governo registra recordes de arrecadação, mas contas estão no vermelho e obras muito atrasadas

Boca grande – Quem crê que há algo errado com os gastos públicos deve se preparar, pois o mistério é muito maior do que se imagina. Em relação a 2010, a arrecadação tributária do governo federal neste ano é aproximadamente 20% maior. Descontado o índice de crescimento do Produto Interno Bruto, a fome do Leão aumentou em pelo menos 15%, número que supera de longe o percentual inflacionário, cujo teto da meta é de 6,5%. Até as 17h52 de quinta-feira (18) os cofres federais já tinham abduzido R$ 537bilhões dos bolsos dos contribuintes.

Mesmo com o avanço do apetite arrecadatório federal, as autoridades do governo insistem em falar ajuste fiscal e redução de despesas, como fórmula para enfrentar a crise econômica que chacoalha os Estados Unidos da América, mas principalmente os países da chamada “zona do euro”.

Quando foi apresentada ao eleitorado brasileiro, a agora presidente Dilma Rousseff silenciou diante da afirmação de que era a garantia de continuidade. Ao assumir a principal cadeira do Palácio do Planalto, Dilma se deparou com a realidade que pontuou seu cotidiano na Casa Civil, cenário por ela endossado para manter em pé o conjunto mitômano lançado sobre a nação pro Lula da Silva.

O inchaço da máquina federal e o loteamento dos principais postos do governo federal fazem com que o descompasso das contas públicas seja algo perene. O cronograma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está vergonhosamente atrasado, a reforma e a ampliação dos aeroportos brasileiros caminham a passos lentos, enquanto a corrupção campeia a passos largos. Nem mesmo com os escândalos de superfaturamento de obras o desembolso de dinheiro por parte do governo federal consegue atingir índices animadores.

Há sim uma situação camuflada e inexplicável, pois a bolha de virtuosismo inaugurada por Lula, que já estourou algumas vezes, serviu apenas e tão somente para vender ao mundo a eficiência boquirrota do esquerdismo latino-americano, quadro que tem a chancela do mentor de todos os “gauches”, Fidel Alejandro Castro Ruz, o truculento e sanguinário ditador cubano.