Processo contra Jaqueline Roriz na Câmara se “esconde” na série de escândalos que domina a Esplanada

Baixo clero – Faltam apenas quatro dias para o fim do prazo do julgamento de Jaqueline Roriz (PMN-DF) em plenário. Mesmo assim, a maioria dos deputados federais não mostra muito interesse pelo caso. As seguidas denúncias contra ministros do governo da presidente Dilma Rousseff e a consequente crise na base aliada têm absorvido a maior parte da atenção dos parlamentares.

Deputados e líderes ouvidos pelo “Correio Braziliense”, segundo matéria assinada pelo repórter Ricardo Tafner, evidenciam que a discussão está mais concentrada no baixo clero e não tem ganhado muita repercussão na Casa. Por isso, o resultado da votação é imprevisível. Para muitos, o “clima” no parlamento será um dos fatores importantes para a definição do futuro político da colega.

Jaqueline foi flagrada em vídeo ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de origem supostamente ilegal do então presidente da Codeplan, Durval Barbosa, para usar como caixa dois, em 2006, na campanha para a Câmara Legislativa. Apesar de a Operação Caixa de Pandora ter sido deflagrada em novembro de 2009, as imagens de Jaqueline só foram divulgadas em 4 de março deste ano (leia Linha do tempo). A deputada acabou condenada pelo Conselho de Ética e Decoro da Câmara dos Deputados, que votou pela sua cassação.

Como o processo não tranca a pauta, pode ser retirado da primeira colocação, se for aprovado requerimento nesse sentido. Para conseguir apreciar a matéria, o petista precisa firmar acordo com os líderes dos blocos e partidos.