Ninho revolto – O tucano Geraldo Alckmin tem se revelado um excelente estrategista quando o assunto é político. Pelo menos é isso que se depreende da movimentação do governador de São Paulo nos bastidores da política local. De olho na disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo, Alckmin trabalha para que o senador Aloysio Nunes Ferreira Filho, que na eleição passada atropelou a petista Marta Suplicy graças à ajuda do finado Orestes Quércia, saia candidato pelo PSDB, com o apoio do Democratas e principalmente do atual prefeito Gilberto Kassab, que aguarda a Justiça Eleitoral dar o carimbo derradeiro para o seu PSD.
Com esse cenário, Geraldo Alckmin desistira das prévias do PSDB, mas ao mesmo tempo deixaria o caminho livre para tentar a reeleição em 2014, já que Kassab ficará sem palanque até lá.
Por outro lado, o governador paulista jogará água fria na pretensão de pelo menos quatro companheiros de partido: José Aníbal, atualmente à frente da Secretaria de Energia de São Paulo; o deputado federal Ricardo Trípoli; Angelo Andrea Matarazzo, que comanda a Secretaria Estadual de Cultura; e Bruno Covas, neto do ex-governador Mário Covas e secretário estadual do Meio Ambiente.
Nessa briga interna no tucanato paulista ao menos dois pré-candidatos têm chances de sonhar com vitória, considerando que o PT deve mesmo ir às urnas com Fernando Haddad. O deputado estadual licenciado Bruno Covas, que pegará carona no espólio político do avô, e Angelo Andrea Matarazzo, que foi secretário municipal das subprefeituras e conta com o apoio de José Serra e, até dias atrás, do próprio Alckmin. Fora essa dupla, os outros são francos atiradores.
