Depois de abandonar a prometida faxina, Dilma estreia campanha publicitária de combate à corrupção

Para enganar – O que tinha tudo para ser uma faxina contra a corrupção terminou em uma ação pontual que pode ser classificada como uma reles espanada. Dessa maneira a presidente Dilma Vana Rousseff perdeu a chance de passar para a história, pois se apequenou diante das ameaças feitas pelos partidos da base aliada, alguns deles acusados de envolvimento em casos de corrupção, superfaturamento de obras, cobrança de propinas e favorecimentos diversos.

Na esperança de persuadir a opinião pública, indignada com a leniência do Palácio do Planalto com os escândalos que chacoalham a Esplanada dos Ministérios, Dilma Rousseff autorizou a veiculação de campanha publicitária oficial que sugere que o governo federal não está parado diante da crise. “O governo combate a corrupção, controla gastos e investe bem”, enfatiza a mais recente peça publicitária do governo da neopetista Dilma Rousseff, e que faz parte da campanha “Brasil em boas mãos”.

Logo após a frase sobre corrupção, um dedo gigante entra em cena e desenrola uma faixa com a frase “fazer mais com menos”. A cena foi gravada na Esplanada dos Ministérios e o prédio que aparece no filme é o dos Transportes, primeiro e único alvo da faxina anunciada por Dilma Rousseff. A referida peça publicitária deve ficar no ar até o próximo dia 16 de setembro.

Diferentemente do que pretende o Palácio do Planalto, é enganoso o anúncio de que algo está sendo feito para combater a corrupção. Semanas depois da vitória nas urnas, Dilma Rousseff disse que seu ministério seria composto por pessoas técnicas e qualificadas, não sem antes afirmar que casos de corrupção seriam combatidos com rigor. Nada disso aconteceu até agora, pois para existir politicamente e ver seu governo chegar ao fim, em 2014, Dilma precisou lotear o primeiro e segundo escalões da máquina federal. Como raríssimos são os casos na história em que patriotismo e política se fundiram, a corrupção desenfreada é algo inevitável em um cenário como esse.

No contraponto é preciso salientar que campanhas eleitorais custam muito dinheiro. Quem investe, sendo candidato ou não, quer algum tipo de retorno mais adiante. E entregar cargos importantes a aliados é uma forma de viabilizar esse tão esperado retorno. Em outras palavras, o Estado brasileiro se alimenta no cocho da corrupção.