Aliança entre PMDB e PT está em contagem regressiva e deve durar até as vésperas das eleições

Cada um na sua – O Fórum Nacional do PMDB contou com 4.087 participantes, segundo os organizadores, além da presença de Dilma Rousseff, em flagrante reforço à aliança entre o governo e a legenda. Mas quando chegar às vésperas da eleição cada qual ficará no seu quadrado. O clima festivo, com é de praxe no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, não foi contemplado por “dissidentes” históricos peemedebistas, tais como os senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE).

O presidente interino do PMDB, Valdir Raupp, enalteceu a presença de Dilma Rousseff e o relacionamento forte com o Planalto. No entanto, falou das próximas iniciativas em relação às eleições de 2012 e 2014, que não se traduzirá em parceria perfeita, mas, sim, marcará uma nova mentalidade peemedebista.

“A aliança de hoje é uma aliança sólida. Mas todo o partido tem que está preparado. Daqui a três anos ninguém sabe o que pode acontecer. Vamos nos preparar com muita força para as eleições de 2012, esperando chegar 2014”, salientou Raupp, já indicando que o partido apostará suas fichas em voos solos.

“Todo o time que quer ganhar a torcida tem que jogar bem no campeonato e reforça o time. Isso é o que o PMDB está fazendo em todo o Brasil. É para vim forte para governador, deputados federais e estaduais e se possível para Presidência da República”, destacou o presidente do PMDB, repetindo o que a legenda definiu um aumento significativo de candidaturas em capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes.

O ministro do Turismo, Gastão Vieira (MA), que toma posse na sexta-feira (16), compareceu ao fórum e citou as prioridades da pasta. “Fazer com que o ministério tenha uma participação bem forte no evenda da Copa do Mundo, que, aliás, é o papel do ministério. E ele precisa executá-lo para que a gente possa mais rapidamente vencer as dificuldades que aqui ou ali estão sendo apontadas para a realização da Copa do Mundo”, disse.

Em relação ao apoio do presidente do Senado, José Sarney, o novo ministro se esquivou de receber qualquer tipo de imposição. “Absolutamente, não. Eu sou ligado à família Sarney há muito tempo, e o Sarney nunca me impôs que eu fizesse nada ou deixasse de fazer”, afirmou Vieira à chegada.

O presidente da CCJ do Senado, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), reforçou que tanto José Sarney, quanto a filha, Roseana Sarney, ficaram felizes com a escolha de Vieira. “A escolha partiu da bancada da Câmara”, ressalvou.

Questionado sobre o cancro da corrupção no âmbito do ministério, o novo ministro seguiu o discurso palaciano. “Se há problemas de corrupção está sendo apurado pelos órgãos competentes e a recomendação dos órgãos será claramente adotada pelo ministério”, resumiu. E quanto à questão dos recursos parcos para a pasta foi cauteloso. “Uma tarefa do novo ministro será certamente buscar mais recursos para recompor o orçamento.”

O senador Pedro Simon, considerado independente dentro do PMDB, informou por intermédio de sua assessoria que sua agenda estava atribulada e por isso não compareceu ao evento nacional do partido.