Quem te viu… – Quem ainda tinha a anoréxica esperança de que a presidente Dilma Rousseff pudesse, em algum momento, deflagrar um processo de limpeza na Esplanada dos Ministérios, colocando na fila da degola os acusados de envolvimento em casos de corrupção e outras transgressões, deve desistir. Nesta quinta-feira (15), a presidente deu uma rasante no encontro do PMDB, em Brasília.
No Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Dilma Rousseff discursou diante de milhares de peemedebistas, como se todos os presentes ao evento lhe fossem familiares. A presidente falou em “maiores parceiros” do seu governo e ressaltou sua boa relação com o vice Michel Temer. Dilma aproveitou para lembrar que conta com o empenho da bancada peemedebista nas duas Casas legislativas federais: Senado e Câmara dos Deputados.
Na sequência, quem discursou foi o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), que na noite de quarta-feira conseguiu emplacar no Ministério do Turismo mais um dos seus obedientes apaniguados: o maranhense Gastão Vieira, que substituirá o contumaz transgressor Pedro Novais.
Tão logo foi eleita e começou a desenhar a formação da sua equipe de assessores e ministros, Dilma Rousseff fez questão de frisar que exigiria dos escolhidos competência técnica. De igual modo, a presidente disse que seria intransigente com qualquer ato de corrupção ou desvio cometido por seus assessores. Na condição de dependente do apoio da chamada base aliada, Dilma preferiu esquecer o que disse, até porque o povo brasileiro sofre da mais grave das doenças da política: a memória curta.