Novo ministro do Turismo nega ser um “genérico”, embora não tenha experiência na área

Outro sonho – O futuro titular do Ministério do Turismo, Gastão Vieira (PMDB-MA), acalentava um sonho de ser ministro. A sua ambição será concretizada na sexta-feira (16), quando toma posse no cargo, que até ontem era ocupado pelo conterrâneo Pedro Novais (PMDB-MA), exonerado depois de uma série de denúncias de irregularidades.

Gastão Vieira gostaria mesmo é de ser ministro da Educação por conta de sua experiência na área. Foi secretário da Educação no Maranhão e durante os seus cinco mandatos parlamentares foi membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, a qual presidiu na legislatura passada.

Vieira abraçou de pronto o convite para substituir Novais. Assim como o colega, não tem nenhuma experiência na área. Na manhã desta quinta-feira (15), o parlamentar negou que seria um “ministro genérico”. Classificou o novo cargo como um “desafio que será superado rapidamente com muito trabalho”.

Na entrevista à “TV Estadão”, afirmou categórico: “Estou assumindo de certa forma com muita tranquilidade, com muita disposição para o trabalho, fazer um grande papel tático para este grande evento que é a Copa do Mundo”. Na rápida conversa que manteve com a presidente Dilma Rousseff ontem às 23 horas, Gastão Vieira disse que tem uma tarefa “bem clara”.

A prioridade seria examinar “com calma e cuidado com toda a articulação a outros ministérios para priorizar a Copa do Mundo, para acontecer de forma absolutamente transparente, pois já um plano de governo definido”. E sobre a “faxina” no Ministério? O novo ministro chega com pouca disposição para esse assunto. “Tou chegando ao governo hoje, com os primeiros contatos e me posicionando”. Resumo, o novo ministro deixará a questão de lado.

E o que seria necessário para fazer para melhorar a indústria turística? Gastão responde: “Explorar melhor as nossas potencialidades, criar possibilidades. Isso envolve treinamento de pessoas, formação de jovem em língua estrangeira, existem muitas coisas que podem ser feitas”.

O deputado não se importa em estar ligado ao grupo Sarney que lhe deu o aporte para o cargo após indicação da bancada do PMDB na Câmara. “Tenho as minhas opiniões, tenho as minhas posturas, é só ver a minha história no Congresso e ver a minha opinião. Sou ligado ao grupo Sarney, mas tenho me posicionado de forma bem republicada. Não tenho problemas em ir para o ministério com o apoio da minha bancada”.