Dilma ainda não se posicionou sobre proposta de reconhecimento do Estado palestino

Mudez oficial – A 66ª Assembleia Geral das Organizações Unidas acontece nesta quarta-feira (21), em Nova York, e o tema de maior destaque com certeza será a proposta de reconhecimento da Autoridade Nacional Palestina como Estado. Se o assunto não prosperou nos últimos anos, principalmente por conta do apoio dos Estados Unidos a Israel e a tensão que reina na região, depois da chamada “Primavera Árabe” a situação mudou muito e preocupa os americanos e os israelenses, principalmente.

Dilma Rousseff, que fará o discurso de abertura do encontro, adotou um estranho silêncio e ainda não revelou a posição oficial do Brasil sobre o pedido dos palestinos. Esse comportamento causa espécie, pois Dilma, desde a campanha presidencial, vem falando em democracia. E o que os palestinos pleiteiam faz parte da democracia.

Prevalecendo a tese disseminada em 2010, de que Dilma Rousseff é a continuidade do histriônico Luiz Inácio da Silva, o Brasil deve endossar a proposta palestina. Até porque, Lula defendeu com todas as letras os direitos dos palestinos durante visita ao Oriente Médio, em março de 2010.

Lula prometeu levar à comunidade internacional a questão que contrapõe os dois povos. “Sabemos qual é o primeiro desafio nessa caminhada. Vencer o cruel bloqueio que vem sofrendo o povo palestino. O muro de separação cobra um alto preço em termos de sofrimento humano e prejuízo material, sobretudo na Faixa de Gaza”, disse Lula. “Não é possível ficarmos numa década feliz porque caiu o muro de Berlim e, na outra década, ficar triste porque está se erguendo um muro dividindo o estado de Israel e o estado Palestino”, completou o então presidente.

Por certo Dilma Rousseff ficará em cima do muro diante da reivindicação palestina, pois na condição de pseudo-estrela do evento não é conveniente perder o brilho, o qual já lhe rende boas manchetes na mídia e também abafa por algum tempo a onda de escândalos que marca a Esplanada dos Ministérios.