Em discurso na ONU, Dilma destacou a crise e falou superficialmente sobre a causa palestina

De passagem – Primeira mulher a discursar na abertura dos trabalhos da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente Dilma Vana Rousseff manteve adota por seu antecessor, Luiz Inácio da Silva, e saiu em defesa do povo palestino. Em Nova York, Dilma defendeu a entrada da Palestina na ONU, assim como foi incisiva ao defender um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da entidade, assim como a imediata reforma do órgão, o que contraria os interesses dos atuais integrantes, a começar pelos Estados Unidos.

A defesa de Dilma pelo reconhecimento do Estado palestino e o automático ingresso na ONU não foi incisivo. Dilma falou rapidamente sobre o tema, mas arrancou aplausos de muitos dos presentes à Assembleia-Geral. O discurso morno da presidente brasileira sobre o assunto teve uma razão de ser. Com todos os holofotes voltados para si, Dilma Rousseff não poderia perder a oportunidade de ganhar a manchetes internacionais e provocar no Brasil uma onda de positivismo que deve sufocar a onda de escândalos ministeriais durante alguns dias.

Dilma aproveitou a oportunidade e falou sobre a crise financeira internacional e aventou a possibilidade de os países emergentes ajudarem na solução do problema que afeta diversas economias ao redor do planeta. Como forma de enfrentar a crise, a presidente afirmou que os países precisam estimular os mercados internos. Por questões óbvias Dilma se baseou nas supostas conquistas do governo de Lula da Silva, que com crédito fácil, consumismo descontrolado e endividamento das famílias acabou arremessando 39 milhões de novos consumidores na classe média. Momentaneamente tudo vai muito bem, mas essa bola em algum momento há de estourar.