Com a demissão de Orlando Silva na escrivaninha presidencial, Pelé surge como um possível substituto

Rei da bola – A inevitável demissão de Orlando Silva Jr., ministro do Esporte, ainda não foi anunciada oficialmente, apesar de a FIFA ter antecipado o assunto por discurso transverso de Jérôme Valcke. Esse compasso de espera se deve ao fato de a presidente Dilma Rousseff, que já teria conversado com a cúpula do PCdoB, legenda à qual o ministro é filiado, quer anunciar a demissão com um nome confirmado para substituir o atual comandante da pasta.

De igual modo, Dilma parece propensa a anunciar um nome fora da esfera política, mas ligado ao mundo do futebol, o que daria à presidente um ganho extra de popularidade e facilitaria a interface com a entidade máxima do futebol planetário, a sempre fechada e misteriosa FIFA.

O primeiro nome do esporte que veio à baila foi o do agora deputado federal Romário de Souza Faria, ex-jogador da seleção brasileira e de importantes clubes do País. Romário, se convidado, não fará parte da cota política do PSB, mas será uma escolha pessoal. Pesa a favor de Romário não apenas a sua passagem exitosa pela seleção canarinho, mas o fato de ser um adversário ferrenho do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, com quem Dilma mantém relações conturbadas.

Outro nome do mundo esportivo que surgiu nesta sexta-feira (21) é o de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Convidado pelo Palácio do Planalto para ser o embaixador da Copa de 2014, Pelé já foi ministro do Esporte durante a era do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Assim como o ex-atacante Romário, o Atleta do Século é um notório arqui-inimigo de Ricardo Teixeira. O eventual convite de Dilma ao maior futebolista de todos os tempos seria uma forma de reforçar sobremaneira o paredão contra Teixeira, que está no fio da navalha por conta de investigações sobre ações nada ortodoxas. Com isso, o Rei do Futebol ajudaria Dilma a minar o terreno do longevo presidente da CBF.