Valsa do adeus – O comunista baiano Orlando Silva Jr. deixou o Ministério do Esporte após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff no final da tarde desta quarta-feira (26). Ao deixar o encontro, Orlando Silva repetiu aos jornalistas que não há provas contra ele. Dizendo-se revoltado por causa do “linchamento público” a que foi submetido, o agora ex-ministro foi acusado pelo policial militar João Dias Ferreira, do Distrito federal, de participar de um esquema de desvio de recursos públicos a partir do Programa Segundo Tempo.
Orlando Silva, em rápida entrevista coletiva, exaltou o sucesso dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e a sua participação no trabalho do governo federal para que o Brasil fosse escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro.
Relembrando que partiu dele o pedido para que o caso fosse investigado, Orlando disse que decidiu sair do governo para defender a própria honra. “Eu pedi o afastamento do governo. Decidi sair do governo para que possa defender a minha honra, o trabalho do Ministério do Esporte e defender o meu partido”, declarou o demissionário ministro, que também falou em sentimento do dever cumprido. “Saio com o sentimento do dever cumprido. A injustiça está em calúnias ganharem ar de veracidade”, completou.
Tratando seus delatores como “meliantes”, Orlando Silva aceitou responder a apenas três perguntas dos jornalistas, pois alegou ter compromisso familiar, a comemoração do aniversário da sua esposa.