Oposição continuará perdida se doença de Lula for explorada nos moldes do que faz Hugo Chávez

Prova dos nove – Na última sexta-feira (28), dia da semana em que, segundo os maledicentes, a bruxa corre solta na seara da oposição, o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira Filho afirmou em seu microblog que o seu partido, o PSDB, precisa urgentemente se organizar se quiser continuar pensando em futuro político. “Dessa forma, sem trabalhar direito hoje, sem formular propostas, sem organizar o partido, sem uma oposição firme agora, 2014 já era”, escreveu tucano no Twitter.

O protesto de Aloysio Nunes não é novidade para os leitores do ucho.info, pois desde 2005, quando o escândalo do “Mensalão do PT” veio à tona, afirmamos que a oposição, perigosamente moribunda, continuava sobrevivendo das últimas nesgas da soberba que herdou dos tempos situacionistas. A tese dos jornalistas deste site, por mais empírica que seja, é calcada na necessidade de se retomar o que muitos chamam de oposição republicana. De nada adianta abusar do oportunismo e embarcar no vácuo dos seguidos escândalos de corrupção que mancham o cotidiano nacional.

Por certo a bronca de Aloysio Nunes Ferreira repercutiu muito mal nas altas esferas do tucanato, pois afinal ouvir a verdade nem sempre é a mais agradável das situações. Se até aquela sexta-feira a situação dos oposicionistas já era preocupante, de agora em diante ficará ainda pior. A doença de Lula, com elevadas chances de cura, fará com que a oposição se esforce ainda mais para morrer na praia.

Se os partidos de oposição ao Palácio do Planalto não reavaliarem a forma de contestar o staus quo inaugurado por Luiz Inácio da Silva, o Brasil estará dando mais largos passos rumo à ditadura civil, a exemplo do que acontece na vizinha Venezuela, onde o tiranete Hugo Chávez fatura politicamente com um câncer na região pélvica.

Com a devida licença do ex-senador piauiense Mão Santa, “atentai bem, ó povo brasileiro”, pois ditadura é caminho sem volta e derrotá-la é tarefa árdua.