Delegados gaúchos decidem boicotar operações policiais por conta de campanha salarial

Carreira – A exemplo do governo petista de Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, no Rio Grande do Sul o governador Tarso Genro (PT) também enfrenta problemas com os delegados de polícia. No DF, os delegados protestam porque o governo mexeu com toda a estrutura de comando da segurança pública. Na terra de chimangos e maragatos, a crise surge por conta do pedido de aumento salarial.

Nesta segunda-feira (7), a Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep) deve entregar ao governo uma carta com as reivindicações. Em assembléia na semana passada, a categoria rejeitou a proposta de aumento salarial de 10%. Também decidiram uma série de ações de protesto, entre elas, o boicote a operações previstas para o Litoral, Serra e Fronteira.

Segundo informou o site da “Zero Hora”, os delegados não abrem mão da equiparação salarial com procuradores do Estado, que, segundo a Asdep, têm salário inicial superior em mais de duas vezes ao dos delegados em começo de carreira (cerca de R$ 7 mil), uma discussão antiga.

Delegados decidiram

Recusar convites para ministrar aulas e coordenar disciplinas nos cursos de formação da Acadepol; não participar das operações Verão, Serra e Fronteira; suspender operações que vêm sendo feitas e que geram a chamada “agenda positiva” para o governo, colocar cargos à disposição, deixando de exercer as funções de diretor de departamento ou divisão, delegado regional de polícia ou junto à Secretaria da Segurança Pública. A soma chega a cem cargos, entre eles 12 diretores de departamento e 29 delegados regionais; não exceder a carga horária legal (40 horas semanais), gozando as folgas necessárias toda vez que houver convocação para trabalho extraordinário, como sobreavisos e escalas de plantão.