Lado B – Durante o G20, encontro dos chefes de governo das vinte maiores economias do planeta, que aconteceu em Cannes, no sul da França, a imprensa internacional, que apostava no fracasso do encontro, centrou câmeras e microfones na aproximação entre a presidente Dilma Vana Rousseff e o colega chinês Hu Jintao.
Nas reuniões que teve com Jintao, a presidente brasileira pediu mudanças imediatas na economia da China, como forma de minimizar a invasão no Brasil de produtos fabricados naquele país.
O pedido de Dilma ganhou destaque na imprensa, mas não se sabe até que ponto Hu Jintao levou a sério o pleito da colega brasileira. Quase estreante no mundo do capitalismo, a China vive momentos de euforia, ao mesmo tempo em que enfrenta os reflexos da crise internacional. Com a desaceleração do consumo na Europa, decorrente da retração econômica do Velho Mundo, os chineses devem fazer ouvidos moucos ao palavrório de Dilma Rousseff.
Apresentada ao eleitorado brasileiro como a garantia de continuidade das conquistas (sic) da era Lula, a neopetista Dilma tem mostrado que seu pensamento está muito distante do que pregou seu antecessor, o fanfarrão Luiz Inácio da Silva. Quando o Brasil se aquecia para mergulhar no consumismo irresponsável, Lula disse que a China era uma economia de mercado. É fato que nove entre dez brasileiros sabia que tal declaração era uma ode à mitomania, mas o resultado está no mercado para quem quiser conferir.