Dono de laboratório que empregou acusador é amigo do governador do DF e fez doações de campanha

Agnelo nega corrupção – Deve ser protocolado na tarde desta quarta-feira (9), na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o pedido de impeachment, assinado pelo Democratas, do governador Agnelo Queiroz (PT). O texto está sendo elaborado há três dias e deve se concentrar em torno da transferência eletrônica de R$ 5 mil na conta de Agnelo, feita pelo lobista Daniel Tavares, o mesmo que fez as denúncias contra o governador e que na terça-feira voltou atrás. Além disso, acusou deputadas distritais de tentá-lo corrompê-lo (veja matéria do ucho.info).

Daniel foi funcionário da União Química, que dem 2010 fez doações de aproximadamente R$ 200 mil ao comitê de campanha de Agnelo Queiroz. Segundo a jornalista Ana Maria Campos, o então candidato ao Senado Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) também recebeu doações no valor de R$ 100 mil. Na lista de doações também pode ser encontrado o candidato tucano Milton Barbosa Rodrigues, irmão de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção que derrubou o governo de José Roberto Arruda. Barbosa Rodrigues recebeu da União Química R$ 60 mil.

O dono da União Química, Fernando Marques, é filiado ao PTB-DF. Chegou a ser cotado como suplente na chapa de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Ana Maria explica em seu blog que Daniel era conhecido de Agnelo Queiroz em decorrência da amizade, de mais de 20 anos, entre o governador e Fernando de Castro Marques.

O governador contesta todas as denúncias contra ele. Afirmou que é uma articulação de um grupo de bandidos. Em nota encaminhada ontem à noite a este site, afirmou que “os que insistem em se utilizar desses métodos precisam entender, de uma vez por todas, que isso não condiz mais com a realidade do Distrito Federal”.

Disse que vem “sofrendo, nos últimos dias, violentos ataques que tentam me associar a atos irregulares. Estou confiante de que tudo será apurado e que a verdade começa a ser, agora, restabelecida”.