De acordo com o presidente nacional do PDT, André Figueiredo, dirigentes do partido avaliarão na quinta-feira (17) se a permanência de Lupi à frente do Ministério do Trabalho é “oportuna”.
“Nós temos hoje total confiança no ministro Lupi, confiança de que não houve irregularidade. Resta saber se é oportuna a permanência dele no Ministério do Trabalho”, declarou Figueiredo, que reconhece que o partido está sofrendo “desgaste” com as denúncias. “É uma situação de desgaste, por mais que se questione a gravidade do conteúdo, mas o nome dele [Lupi] e do partido sendo colocado todo dia de forma negativa na imprensa é desgastante”, completou.
Por outro lado, muitos integrantes do PDT defendem a saída imediata de Carlos Lupi, que tem tropeçado nas explicações a respeito das denúncias. André Figueiredo destaca que a presidente Dilma Rousseff deseja que Lupi permaneça no cargo. “Segundo Lupi, a presidente reiterou a confiança no trabalho dele e não vê motivos para substituí-lo”, declarou o dirigente do PDT.
É importante lembrar que a demissão de Carlos Lupi é uma questão de tempo, pois a contagem regressiva já foi acionada. Fora isso, o discurso de Dilma é exatamente o mesmo dispensado aos ministros anteriormente demitidos por causa de denúncias de irregularidades.
Na manhã desta quarta-feira, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal aprovou convite para que o ministro Carlos Lupi esclareça as novas denúncias durante audiência marcada para as 9h30 de quinta-feira (17). O requerimento contou com as assinaturas dos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia (PP-RS), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Ana Rita (PT-ES). O senador petista Eduardo Suplicy, de São Paulo, também defendeu a ida de Lupi à Comissão. De acordo com a assessoria da Comissão, o ministro confirmou presença.
