Tão logo Dilma Rousseff foi escolhida candidata à presidência pelo PT, esses suicidas cibernéticos passara a atuar deliberadamente, com direito a intimidações eletrônicas aos que ousassem contestar a neopetista ungida por Lula. Essa operação contou com a participação de figuras conhecidas nas coxias do PT, sendo que uma delas contratou um conhecido publicitário da cidade de São Paulo para fazer o serviço sujo da campanha, assunto que o tal cidadão jacta-se de ser o melhor.
Não faz muito tempo, a mesma insana tropa de choque começou a disparar e-mails aos jornalistas alegando que o ex-presidente Lula, que passa por tratamento contra câncer na laringe, estava sendo violado em sua privacidade pela imprensa ao ser fotografado na janela de seu apartamento, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Pois bem, Lula, que tem o direito de fazer o que bem quiser dentro de sua própria casa, sabe que é uma figura pública e só apareceu na janela porque lhe era conveniente em termos políticos. Tanto é assim, que ao raspar o cabelo e a barba, antecipando-se aos efeitos da quimioterapia, Lula tratou de espalhar com celeridade as fotos da sessão de barbearia comandada ela ex-primeira-dama Marisa Letícia.
Para reforçar a tese aqui traçada, a psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia, organização não governamental dedicada à defesa dos pacientes com câncer, Luciana Holtz de Camargo Barros, acredita que “quando personalidades como o ex-presidente e o ator Reinaldo Gianecchini decidem não esconder o câncer e compartilhar o que estão vivendo, ajudam a reduzir o preconceito, mostram o quanto a doença é democrática e que todos correm riscos”.
Médico do centro de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, Paulo de Tarso Lima também analisa positivamente a divulgação das fotos. “Mostra a conexão do ex-presidente com o tratamento. Apesar de sua importância política e popularidade, ele cede no momento apropriado e se submete”, afirmou.
Faz-se necessário lembrar que a decisão de Lula de divulgar fotos sem cabelo e barba não teve o objetivo de mostrar o quão democrática é a temida doença, mas explorar politicamente o fato, que será um grande aliado nas eleições municipais de 2012. Até porque, a obsessão de Lula pelo poder não tem limites.
