Pelo cano – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou na tarde desta terça-feira, no Palácio do Buriti, da cerimônia de assinatura do convênio de cooperação técnica entre a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O acordo tem como objetivo desenvolver estudos e atividades para a regulamentação das questões referentes a transporte, distribuição e comercialização do gás canalizado no Distrito Federal.
“É uma parceria importantíssima, que possibilitará a cooperação técnica e científica entre os dois órgãos, além de treinamento e qualificação de pessoal, estudos sobre o transporte e distribuição, e ampliação do debate nas várias formas de uso do gás, seja doméstico ou industrial”, afirmou Agnelo Queiroz.
O governador explicou que o pouco uso do gás diminui a competitividade do Distrito Federal e de todo o Centro-Oeste na atração de grandes empresas e, consequentemente, na geração de mais empregos. “Hoje, o gás vem de outros estados, na maioria das vezes transportado em caminhões, o que dificulta até o nosso trânsito e aumenta a poluição”, ressaltou Agnelo Queiroz. “Temos grandes perspectivas de crescimento, estamos construindo um novo bairro, o setor Noroeste. Estamos mostrando Brasília ao mundo com os grandes eventos esportivos internacionais que teremos nos próximos anos, então tratar de uma matriz energética ainda não explorada nos dá ferramentas para crescer sem medo”, destacou o governador.
Consumo – O diretor-presidente da Adasa, Vinícius Benevides, explicou que a malha dos gasodutos, por onde passa o gás, está concentrada hoje no Sudeste, no Sul e no Nordeste do país. Essas regiões consomem, respectivamente, 32 milhões, 10 milhões e 5 milhões de metros cúbicos por dia. No Centro-Oeste, o uso é de apenas 300 mil metros cúbicos, valor considerado baixíssimo. “É preciso trazer o gás para o Distrito Federal de forma adequada, não em caminhões. O gás é uma fonte de energia com baixo índice de poluição. Outro ponto importante é que, a partir da produção em grande escala, teremos uma queda no preço”, afirmou Benevides.
O documento também foi assinado pelo diretor-presidente da ANP, Haroldo Borges, e prevê a realização de estudos sobre regulação e critérios para a verticalização do setor e para estabelecer parâmetros de qualidade de fornecimento para o gás natural. No projeto ainda estão os critérios para regulamentação das atividades de distribuição de gás natural liquefeito (GNL), acompanhamento de informações das competências de regulação, fiscalização dos serviços e distinção entre gasodutos de transporte e distribuição. O trabalho prevê ainda treinamento e formação de recursos humanos na área de regulação do gás canalizado.