Inadimplência cresce menos em novembro, mas endividamento sinaliza futuro preocupante

Mico retardado – No rastro do efeito Lula, a inadimplência registrou alta em novembro, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (12) pela Serasa Experian. Em comparação com novembro de 2010, a alta foi de 17,4%, menor variação anual desde maio 2011. Em relação a outubro deste ano, a inadimplência registrou aumentou de 1,9%.

Na análise mensal, o número de cheques sem fundos registrou alta de 10,4%, enquanto a inadimplência das dívidas “não bancárias” cresceu 0,9%, Nas dívidas bancárias, a inadimplência apresentou um salto de 0,5% no mês. Já os protestos tiveram um aumento mensal de 12,4% no mês.

Enquanto alguns setores apresentaram ligeira queda na inadimplência, ou até mesmo manutenção dos níveis, cresce a preocupação no segmento de automóveis financiados. Por ocasião da crise internacional de 2008, que teve o “sub prime” norte-americano como nascedouro, o então presidente Luiz Inácio da Silva pediu aos brasileiros a manutenção do consumo em níveis elevados, o que se deu de maneira assustadora no mercado de veículos novos, cujas montadoras se beneficiaram com a redução do IPI incidente sobre determinados modelos. Nos dias atuais, é grande o número de consumidores que já enfrentam sério problemas para quitar as parcelas de financiamento do carro novo.

Valor das dívidas

No acumulado do ano (janeiro a novembro), o valor médio das dívidas não bancárias foi de R$ 322,36, o que representa um recuo de 17,4%, se comparado com igual período do ano anterior. Na seara das dívidas bancárias, o valor médio no ano, até novembro, foi de R$ 1.302,70, recuo de 0,7% ante o mesmo acumulado de 2010.

No mesmo período, os títulos protestados registraram valor médio de R$ 1.369,39, crescimento de 15,7% sobre o mesmo período de 2010. Já os cheques sem a devida provisão de fundos alcançaram, de janeiro a novembro, valor médio de R$ 1.354,40, representando um aumento de 8,2% sobre o acumulado de 2010.

Quando Lula fez seu irresponsável apelo aos brasileiros, o ucho.info alertou para o perigo do consumismo, que por questões óbvias geraria endividamento recorde e inadimplência preocupante. Diante de nossas críticas, o então presidente preferiu afirmar que torcemos contra o Brasil, o que não é verdade.

Prova dos nove

Faltando alguns meses para deixar o poder, o messiânico Lula comemorou à vontade o fato de 39 milhões de novos consumidores terem ingressado na chamada classe média (C), o que se deu exclusivamente através da concessão do crédito fácil, responsável pelo cenário atual de inadimplência e endividamento. Como disse certa feita o próprio Lula, “nunca antes na história deste país”.