Chega mais – Beijar é o ato de tocar os seus lábios nos de outra pessoa. Antigamente, o beijo era utilizado de várias formas e com infinitos significados. Na Idade Média, por exemplo, o beijo na boca representava uma espécie de contrato entre o senhor feudal e o vassalo. Tinha o significado de “dou minha palavra”. Foi apenas no século XVII que os homens acabaram com o hábito de beijar uma pessoa do mesmo sexo, sem afeto envolvido. Em tempos outros, a palavra beijo dava lugar ao vernáculo “ósculo”. Época em que existia o ósculo santo ou “osculum pacis”, uma forma de saudação usada por Jesus Cristo e seus discípulos, pela ação de beijar a face mutuamente, não somente em regiões onde esse era um costume habitual, mas também entre os cristãos de Roma.
De lá para cá o beijo foi ganhando conotações diversas e significados múltiplos. Independentemente desses detalhes, o beijo é uma forma de demonstrar carinho, afeto, amor por outra pessoa. No cinema, o beijo sempre foi algo comum, mas alguns deles fizeram história. Deborah Kerr e Burt Lancaster, em “A Um Passo da Eternidade”, protagonizaram um beijo classificado como inesquecível. Em “E o Vento Levou”, com Clarke Gable e Vivien Leigh, o beijo marca o momento em que o herói Ret Butler, uma espécide de zangado-apaixonado, resolve assumir seu amor por Scarlet. Em “Bonequinha de Luxo”, George Peppard e Audrey Hepburn trocam um apaixonado beijo debaixo da chuva.
“Do Outro Lado da Vida”, com Patrick Swayze e Demi Moore, foi eleito o filme com a melhor cena de beijo de todos os tempos. Anos depois, um beijo marcou as telas dos cinemas de todo o planeta. Em “Titanic”, Leonardo di Caprio e Kate Winslet se beijam na proa do navio que afundaria horas mais tarde. Até mesmo Walt Disney conseguiu eternizar um beijo. Produzido em 1955, o filme “A Dama e o Vagabundo” tem a clássica cena em que dois cachorros acabam se beijando ao comer o mesmo espaguete.
Deixando de lado os beijos cinematográficos, beijar faz muito bem à saúde. Além da sensação de bem-estar, alivia o estresse. E quando beijamos uma pessoa que amamos a sensação é maior e inenarrável.
Para quem não sabe, o beijo na boca movimenta 29 músculos faciais – 12 dos lábios e 17 da língua. Essa prazerosa ginástica facial ajuda a prorrogar o envelhecimento precoce e aguça os cinco sentidos. “Beijar também queima 12 calorias”, explicou o cirurgião dentista José Ribamar Cerqueira Filho, especialista em Implantodontia e Periodontia, em entrevista ao site “Bolsa de Mulher”.
O beijo dispara os batimentos cardíacos, que saltam de 70 para 150 por minuto. “Esse bombeamento sanguíneo aumenta a oxigenação das células, estimula as funções circulatórias e diminui a insônia e as dores de cabeça”, completa o dentista.
Um beijo bem caprichado aumenta a produção de hormônios, entre eles a adrenalina e a endorfina, sendo que esta última provoca sensações de bem-estar e felicidade. “Por isso beijar na boca acalma e ajuda a liberar sentimentos reprimidos, reduzindo o complexo de rejeição e aliviando o estresse”, afirma Dr. José Ribamar.
Para que o beijo seja não apenas prazeroso e inesquecível, mas também e principalmente saudável, é preciso cuidar da saúde bucal. Sob a ótica da microbiologia, o beijo é uma intensa troca de microorganismos vivos. “Então, se uma das pessoas possuir feridas na boca, ou está em processo de cicatrização de cirurgia, o beijo não deve ser dado, por conta do alto risco de contaminação”, orienta Cerqueira Filho.
Através da troca de saliva o beijo pode transmitir a bactéria Streptococcus Mutans, causadora da cárie. Para conservar um hálito sempre fresco e uma boca saudável, José Ribamar lembra que um dentista deve ser consultado periodicamente.
O especialista dá outras dicas não só para garantir a qualidade total do beijo, mas para manter a saúde bucal “É necessário fazer uma boa escovação pelo menos três vezes ao dia ou até mais, usar o fio dental para retirar a comida acumulada entre os dentes e bochechar com algum antisséptico bucal, responsável por matar os germes e bactérias que moram habitualmente na boca”, completa.