Venda de automóveis cresce em 2011, mas mobilidade urbana continua no campo dos sonhos

Sem saída – A venda de automóveis e de veículos comerciais leves terminou o ano de 2011 com 3,426 milhões de unidades vendidas, o que representa aumento de 2,89% em relação ao registrado em 2010, ano em que a indústria automobilística registrou recorde de vendas.

Mesmo com números impressionantes, o desempenho do setor ficou abaixo do esperado, situação provocada pela decisão do governo federal de elevar o imposto sobre veículos importados, segmento que desde o início de 2011 vinha registrando níveis elevados de venda.

O aquecimento do mercado de automóveis se deu a partir de dezembro de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio da Silva reduziu o IPI incidente em alguns modelos de carros, como forma de minimizar os efeitos da crise internacional que teve como nascedouro o “sub prime” norte-americano. Por ocasião do anúncio de Lula, o ucho.info alertou para a necessidade premente de as autoridades destinarem recursos para a melhoria do sistema viário das principais cidades brasileiras.

Com a enxurrada de carros, muitas cidades brasileiras passaram a enfrentar congestionamentos indescritíveis e quase permanentes. Em muitas metrópoles do País estacionar o carro nas vias públicas tornou-se um jogo de azar, não apenas pelo número reduzido de vagas, mas também e principalmente pela falta de segurança pública. Os estacionamentos cresceram em número e os valores cobrados são cada vez mais absurdos.

Enquanto alguns poucos lucram de maneira assustadora, a extensa maioria descobre o pesadelo que é ser proprietário de um carro no Brasil. Como disse certa feita o messiânico Lula, “nunca antes na história deste país”.