Responsabilidade da Anvisa no caso das próteses mamárias foi antecipada pelo ucho.info

(Foto: Eric Gaillard - Reuters)
Saindo na frente – O ucho.info continua fazendo história no jornalismo brasileiro. Quando a polêmica das próteses mamárias francesas aportou no Brasil, este site informou aos leitores, com a costumeira antecedência, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deveria ser acionada pelas pessoas prejudicadas, pois ao órgão cabe a responsabilidade de analisar os produtos que estarão ao alcance do público e a devida certificação. Diferentemente do que ocorre nos domínios da Anvisa, que é tutelada pelo governo federal, nos Estados Unidos o registro de uma prótese mamária de silicone depende de longos e severos testes, o que pode demorar até cinco anos.

Diante do problema das próteses francesas (PIP) e agora das holandesas (Rófil), o governo federal decidiu se antecipar e anunciou que o SUS realizará gratuitamente as cirurgias para a substituição das próteses. Essa antecipação não significa que a Anvisa não pode ser processada, uma vez que as vítimas das duas fabricantes de próteses tiveram e terão prejuízos morais, pelo menos.

“A partir do momento que se identifica uma ruptura o governo identifica como uma cirurgia reparadora e está coberto pelo SUS. A preocupação imediata do governo é amparar e cuidar. A presidenta [Dilma Rousseff] está preocupada sobre a necessidade de amparar essas mulheres”, disse o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, que garantiu ser rigoroso o processo de certificação de próteses.

Na tentativa de minimizar o prejuízo, o governo sugeriu que os planos de saúde também realizem as cirurgias para substituir as próteses, deixando claro que esse é um procedimento não obrigatório. Fosse o governo da presidente Dilma Rousseff uma empresa privada, Dirceu Barbano já estaria demitido.