Previsões do mercado financeiro mostram que discurso otimista de Dilma pode estar errado

Na contramão – Consultados pelo Banco Central, analistas o mercado financeiro apostam em nova redução da taxa básica de juro, a Selic, que será discutida pela autoridade monetária nacional na próxima quarta-feira (18). De acordo com os especialistas, o Comitê de Política Monetária, o Copom, deve reduzir em meio ponto percentual a Selic, atualmente fixada em 11% ao ano. O Boletim Focus, do Banco Central, também informou nesta segunda-feira (16) que os analistas acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) sofrerá um recuo em 2012.

Para este ano, a projeção da inflação oficial foi reduzida pela sétima semana consecutiva e passou de 5,31%, na semana passada, para 5,30% nesta segunda. Para o próximo ano, 2013, a expectativa é de variação de 5%. Em outro vértice das análises, as projeções para o crescimento do PIB em 2012 voltaram a cair, passando de 3,3% para 3,27%. Para 2013, a estimativa para o PIB se manteve em 4,20%.

Na seara da taxa básica de juros foi mantida a estimativa de 9,5% ao ano, o que pode ser interpretado como um indicador de que o Copom deve mesmo anunciar nova redução da Selic. Para 2013, o mercado financeiro espera que a Selic chegue à marca de 10,25%.

O atual cenário econômico, traduzido pelas expectativas do mercado financeiro, mostra que o otimismo exacerbado de Dilma Rousseff pode parar no discurso. Na mensagem dirigida aos brasileiros no final do ano passado, a presidente disse que 2012 seria um ano de oportunidades e prosperidade. Sem saída diante da herança maldita deixada pelo antecessor, Luiz Inácio da Silva, a neopetista Dilma continua apostando suas fichas no consumo interno como forma de minimizar os efeitos da crise que nasceu na Europa.