Deputado morre em acidente no Paraná e abre vaga para acusado de fraude contra o Banco do Brasil

Minuto de silêncio – Em seu sexto mandato de deputado federal, o paranaense Moacir Micheletto (PMDB) morreu nesta segunda-feira (30) em um acidente de trânsito na rodovia PR-239, no Paraná. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, o carro que Micheletto dirigia bateu em uma camionete na altura do quilometro 588 da rodovia. O parlamentar viajava sozinho e morreu na hora.

As pessoas que estavam na camionete foram socorridas em um hospital da cidade de Toledo, que ainda não divulgou informações sobre a gravidade dos ferimentos e o estado de saúde dos acidentados.

Segundo o site oficial de Moacir Micheletto, o parlamentar nasceu na cidade catarinense de Xanxerê, em 1942. Formou-se em Agronomia na Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, mas em 1973 mudou-se para a cidade de Assis Chateaubriand, no interior do Paraná.

De acordo com informações da Secretaria-Geral da Câmara dos Deputados, assumirá a vaga deixada por Moacir Micheletto o primeiro suplente da coligação, o ex-deputado federal Odílio Balbinotti. Rico empresário do setor de sementes agrícolas, Balbinotti foi cotado para assumir o Ministério da Agricultura durante a era Lula, o que não aconteceu por conta de um escândalo. À época, Balbinotti foi acusado de usar os nomes de funcionários de suas propriedades rurais para conseguir empréstimos oficiais do governo federal.

No processo em que figura como réu, Balbinotti é acusado de ter falsificado documentos e utilizado “laranjas” para obter empréstimos no valor de R$ 1,75 milhão no Banco do Brasil. A operação foi feita em 1996, em uma agência do BB na cidade mato-grossense de Alto Garças. Segundo as denúncias, as empresas de Balbinotti teriam falsificado documentos e utilizado indevidamente o nome de nove pessoas.

Em 2002, as investigações do Ministério Público revelaram que os supostos “parceiros” de Balbinotti eram “laranjas”. A descoberta aconteceu por acaso, quando um dos “laranjas’, que na realidade era funcionário de Balbinotti dirigiu-se ao Banco do Brasil, em 2003, para reivindicar crédito. Dono de um contracheque de aproximadamente R$ 800, o “laranja” foi informado de que já era responsável solidário por um débito milionário. Passado o susto, o então funcionário disse desconhecer a dívida e procurou a polícia a seguir. No processo judicial que acabou no STF, Odílio Balbinotti contou com os serviços advocatícios de Aristides Junqueira, ex-procurador-geral da República.