Em dia conhecido pela debandada de parlamentares, Congresso abre os trabalhos com solenidade

Jogo de cena – Em plena quinta-feira, dia em que os parlamentares deixam a capital federal no começo da tarde em direção aos seus estados, o Congresso Nacional promove a reabertura dos trabalhos legislativos, como se algo de muito importante e necessário ao País pudesse acontecer em seguida à cerimônia.

O evento, que contará com a presença de senadores e deputados, terá a participação da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que ao parlamento levará a mensagem da presidente Dilma Vana Rousseff. Na mensagem, Dilma sugere aos parlamentares austeridade e controle de gastos.

Em qualquer dicionário da língua portuguesa, o vernáculo “austero” tem como definição aquele “de caráter severo, o qual se reflete na rigidez das opiniões, dos hábitos, no rigor consigo mesmo e com os outros”. Essa é uma das definições que constam no dicionário Houaiss. Considerando que na política brasileira austeridade é mercadoria em extinção, pelo menos é o que provam os fatos, passemos ao controle de gastos.

A cerimônia que terá lugar nesta quinta-feira (2), às 16 horas, será uma afronta ao pedido feito pela presidente Dilma Rousseff. Somente com as passagens aéreas utilizadas por deputados e senadores, os cofres públicos serão sangrados em pelo menos R$ 400 mil. Para que a transmissão da sessão conjunta das duas Casas legislativas chegue a todos os rincões do País, no mínimo outros R$ 350 mil serão gastos. Na sequência há muitas outras despesas, como telefonemas, combustível, alimentação e por aí vai. Traduzindo para o velho idioma da nossa querida terra natal, o recomeço dos trabalhos no Congresso poderia acontecer na próxima terça-feira (7), pois o prejuízo causado ao País será muito menor, uma vez que até lá nada será feito em prol do povo brasileiro.