Ministra da Casa Civil, petista Gleisi Hoffmann trabalha nos bastidores para suceder Dilma em 2018

De volta para o futuro – Enquanto a presidente Dilma Vana Rousseff enfrenta uma cascata de denúncias de irregularidades em vários ministérios e autarquias, cresce no Palácio do Planalto um movimento silencioso com vistas à eleição presidencial de 2018. Pode parecer precipitação, mas a operação está em marcha.

Candidata natural à reeleição, Dilma tem acompanhado de perto as articulações da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que sonha em chegar à principal cadeira palaciana daqui a seis anos. Para que seu sonho se aproxime da realidade, Gleisi estaria disposta a renunciar ao plano de disputar o governo do Paraná em 2014, o que daria ao atual governador Beto Richa larga vantagem na corrida ao Palácio Iguaçu. A desistência de Gleisi se explica pela sua necessidade de estar na vitrine da política nacional o máximo de tempo possível. A tese ganha respaldo na sua incumbência de acertar a demissão de ministros e assessores envolvidos em denúncias e transgressões, o que configura uma espécie de locação temporária de manto da competência.

Outro detalhe que reforça o plano da chefe da Casa Civil é que a eventual indicação de Paulo Bernardo da Silva, seu marido e ministro das Comunicações, para a presidência do capítulo brasileiro da binacional Itaipu vem sendo postergada ao máximo. A permanência de Paulo Bernardo na Esplanada dos Ministérios leva a duas situações bem distintas. A primeira delas é que a ministra estaria mais perto dos veículos de comunicação, fator preponderante para uma futura campanha presidencial que busca os primeiros passos da viabilização. A segunda, de ordem partidária, é que uma rebelião na cúpula do PT pode ocorrer a partir dos “companheiros” que aguardam um lugar ao sol no governo de Dilma Rousseff. E para o cargo do atual ministro Paulo Bernardo há alguns ansiosos interessados.

Não custa lembrar que o plano não é novo, mas ganhou força nos últimos meses. Por ocasião do escândalo envolvendo o também petista Antonio Palocci Filho, a então senadora pelo PT do Paraná foi uma das vozes contra o seu antecessor na Casa Civil.