Caixa recheado – Chegou ao fim a parceria entre Flamengo e Traffic. O onze da Gávea rompeu com a empresa de marketing esportivo do empresário J. Hawilla e a partir de agora terá de bancar integralmente o salário do atacante Ronaldinho Gaúcho. As tratativas sobre a quem caberia o pagamento de R$ 1,25 milhão que o camisa 10 do rubro-negro recebe mensalmente duraram quase seis meses.
A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, garante que o clube tem dinheiro para honrar a folha de pagamento de todo o elenco, mas reconhece que é preciso aumentar a receita. “O Flamengo assume o jogador. Claro que temos o dinheiro, mas temos que trabalhar com o departamento de marketing para aumentar a receita. Quanto maior a despesa, maior tem que ser a receita”, disse ao ESPN.com.br.
Se por um lado o salário de Ronaldinho assusta, por outro o clube terá mais facilidades para explorar a imagem do jogador, antes vinculada totalmente à Traffic. O jogador foi o primeiro a romper com a empresa de marketing esportivo. “Ele rompeu primeiro. A gente tem agora o direito de usar a imagem. Antes, não tínhamos nada”, disse Patrícia Amorim.
Com o fim da parceria entre o clube e a empresa de marketing esportivo, os salários atrasados devidos a Ronaldinho Gaúcho (R$ 4,5 milhões) devem acabar em uma disputa nos tribunais. Do outro lado do balcão do imbróglio está a Traffic, que deseja receber o valor que pagou ao jogador, cerca de R$ 6 milhões, para dar como encerrado o acordo.
Sem adjetivar a parceria com a Traffic, Patrícia Amorim alega que não havia alternativa, que não o rompimento. “Como não houve pagamento ao jogador, não houve entendimento. A gente tinha que tomar uma posição. A parceria foi boa enquanto durou. Mas teve esse problema”, disse.
