Face lenhosa – Na manhã desta quinta-feira (9), trinta e seis horas depois da chuva que atingiu a capital paulista, semáforos de importantes ruas e avenidas da maior cidade brasileira ainda continuavam desligados, representando risco de acidentes de toda ordem.
No bairro do Paraíso, na Zona Sul de São Paulo, muitos edifícios e residências continuavam sem energia elétrica, devido à queda de árvores. Na Rua Manoel da Nóbrega, que abriga a sede do Comando Militar do Sudeste, uma enorme árvore, que caiu e teve de ser cortada, continuava sobre a calçada, impedindo a livre circulação de pedestres. Em situações como essa, a prefeitura paulistana, quando acionada, dá prazo de até sete dias para a retirada das árvores, não importando se o trânsito está sendo prejudicado ou se sobre os galhos existam carros.
No contraponto, o prefeito Gilberto Kassab preferiu não se pronunciar sobre a tragédia que se instalou em São Paulo na tarde de terça-feira (7), pois é impossível justificar o injustificável. Com índice de aprovação na casa dos 20%, Kassab, que nos últimos meses se dedicou quase que integralmente à criação do PSD, continua acreditando que é possível fazer o sucessor.
Beira a irresponsabilidade imaginar que a cidade de São Paulo está apta a receber um evento da magnitude da Copa do Mundo. Só mesmo os ufanistas, que desconhecem a complexidade e a falta de infraestrutura da sexta maior cidade do planeta, acreditam em milagres.