Efeito cascata – Horas depois de a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ter aprovado reajuste salarial para os servidores da categoria de segurança, policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários decidiram cruzar os braços a partir do primeiro minuto de sexta-feira (10). “A partir de agora, a segurança é de responsabilidade da Guarda Nacional ou do Exército”, disse um bombeiro que integra o comitê de greve.
Entre as reivindicações da categoria está a imediata libertação do cabo Benvenuto Daciolo, preso administrativamente no presídio de Bangu, por crimes de incitamento à greve e aliciamento a motim, de acordo com o secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram conversa de Daciolo com a deputada Janira Rocha (PSOL) sobre estratégias de greve.
“Primeiro queremos que soltem o Daciolo. Em segundo, reivindicamos o piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição. Essas são as condições para que não haja a paralisação”, declarou o sargento Paulo Nascimento, do 1º GSE, ao lado de Fernando Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).
Questionado sobre a segurança da população, o militar garantiu que em “caso de morte” os serviços serão prestados. “Em casos como grandes incêndios, colisões, atropelamentos, acidentes graves, os serviços serão prestados”, garantiu Paulo Nascimento.
Ainda não é possível estimar o grau de adesão à greve decidida horas atrás, mas trata-se do desdobramento da paralisação dos policiais militares da Bahia.