Crise europeia e austeridade do governo italiano derrubam campanha de Roma para sediar Olimpíada de 2020

Água fria – A grave crise econômica que tem obrigado a União Europeia a solavancos seguidos e inesperados fez uma nova vítima nesta quarta-feira (15). Por conta das dificuldades que passa a Itália, o governo local decidiu não apresentar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a candidatura da capital, Roma, para sediar os Jogos Olímpicos de 2020. O que mostra seriedade e austeridade do governo do primeiro-ministro italiano Mario Monti.

Monti, que negou apoio financeiro oficial ao evento, alegou que até a Olimpíada de 2020 o governo italiano não tem condições de desembolsar US$ 12,5 bilhões. “A Itália pode e deve ter metas ambiciosas. Nosso governo está focado também em nosso crescimento, mas neste momento não achamos que poderíamos comprometer a Itália a este tipo de garantia, que poderia colocar em risco o dinheiro de nossos contribuintes”, justificou o primeiro-ministro.

A decisão de Mario Monti pegou de surpresa os responsáveis pela candidatura romana, que tentaram demover o primeiro-ministro da decisão de não apoiar financeiramente o projeto. “Passamos horas conversando, mas ele estava irredutível. Temos que nos resignar com o fato de que por pelo menos mais dez anos não falaremos sobre ter Olimpíada na Itália”, disse Mario Pescante, chefe da candidatura de Roma e vice-presidente do COI.

Com a desistência de Roma, continuam no páreo Madrid, Baku (Azerbaijão), Tóquio, Doha (Catar) e Istambul. O prazo limite para a entrega dos respectivos projetos termina à meia-noite desta quarta-feira, na bela e charmosa cidade de Lausanne, na Suíça.