Manobra apressada – Com fôlego de gato, que segundo a lenda tem sete vidas, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, parece não se incomodar com as notícias negativas que estão em sua órbita. Acusado pelo presidente da FIFA, Joseph Blatter, de envolvimento em um caso de corrupção que tem a ISL na proa, Teixeira passou o feriado de Carnaval em Miami, nos Estados Unidos, de onde despachou normalmente e encontrou tempo para convocar os dirigentes das federações estaduais para uma reunião na próxima semana.
Há dias, a saída de Ricardo Teixeira do comando da CBF era dada como certa, mas o cartola pode, na reunião, mudar o estatuto da entidade, o que viabilizaria a chegada ao topo da entidade de alguém de sua confiança. A assembleia-geral pode ser o último ato de Ricardo Teixeira.
Com a eventual saída de Teixeira, assumiria a presidência da CBF José Maria Marin, vice-presidente mais velho da entidade e com fortes ligações com a Federação Paulista de Futebol. A concentração de poder nas mãos de cartolas do futebol paulista é uma hipótese que tem tirado o sono dos dirigentes das federações estaduais, que continuam patrocinando uma intifada silenciosa.
Os rebeldes não descartam a possibilidade de Teixeira mudar o estatuto da CBF para evitar protestos contra a ascensão de Marin e, consequentemente, garante uma saída tranquila, sem que muitas estripulias sejam investigadas.