Dilma avisa que não interferirá nas eleições municipais e que partidos aliados terão de se virar sozinhos

Crochê político – Preocupada com as notícias de que a indicação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para o Ministério da Pesca e Aquicultura seria uma forma de alavancar a campanha de Fernando Haddad à prefeitura paulistana, garantindo ao petista apoio dos evangélicos da cidade de São Paulo, a presidente Dilma Vana Rousseff disse na quarta-feira (29) que não interferirá no processo eleitoral deste ano, sendo que cada partido aliado terá de resolver seus próprios problemas.

Esse discurso vale para qualquer legenda da base aliada, menos para o PT, que já articula nos bastidores as ações do governo federal que serão necessárias para garantir o desempenho da legenda no pleito de outubro próximo. A fala de Dilma tem como objetivo não apenas minimizar as especulações sobre a chegada de Crivella à Esplanada dos Ministérios, mas evitar pedidos absurdos de alguns partidos da chamada base de apoio.

Se Marcelo Crivella não foi indicado para ajudar o petista Fernando Haddad em São Paulo, por certo serviu para desbaratar a polêmica envolvendo a nomeação de Eleonora Menicucci de Oliveira, uma convicta defensora do aborto, para a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Crivella, um atuante líder evangélico, como ministro poderá conter as críticas do setor ao governo de Dilma Rousseff.