Preocupada com o desabastecimento em SP, presidente da Petrobras descarta reajustes de preços

Entrando no furacão – O que faltava para inserir o PT na paralisação dos transportadores de São Paulo, o que levou ao desabastecimento de combustíveis na cidade, acabou acontecendo nesta quarta-feira (7). Presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster classificou como preocupante a situação, que, se atendida a determinação da Justiça por parte dos transportadores, só será regularizada dentro de cinco ou seis dias.

De acordo com a executiva da Petrobras, os caminhões-tanque voltaram a circular nas primeiras horas desta quarta-feira, mas a normalização do abastecimento depende da logística de cada empresa distribuidora. “Não basta abrir e fechar uma válvula, é preciso obedecer a um planejamento”, disse Graça Foster, como gosta de ser chamada a presidente da petrolífera.

Maria das Graças Foster, que disse estar em permanente contato com a BR Distribuidora para minimizar o problema em São Paulo, aproveitou o ensejo para afirmar que a empresa não pensa em reajustar os preços dos combustíveis, pelo menos por enquanto. A decisão, segundo a presidente da Petrobras, depende de uma decisão do Conselho administrativo da companhia.

Como se sabe, o Conselho Administrativo da Petrobras é composto por pessoas indicadas pelo governo federal, a quem não interessa, no momento, promover um aumento de preços, o que acarretaria um impulso à inflação. O barril de petróleo no mercado internacional está na casa de US$ 120, mas mesmo assim a Petrobras acredita que os derivados podem ser subsidiados pelo governo, maior acionista da companhia petrolífera. Acontece que a Petrobras tem ações comercializadas nas Bolsas de Valores e os investidores merecem satisfação e não podem aceitar a depreciação de seus investimentos em função da incompetência de um governo que abusa do populismo.