Entrada de Ronaldo na queda de braço entre o Brasil e a FIFA é sinal de que confusão pode acabar em pizza

Costurando o acerto – Se o Palácio do Planalto imaginava que poderia pressionar a FIFA para substituir o interlocutor com as autoridades brasileiras, essa chance foi por terra nesta quarta-feira (7). Ex-jogador da seleção brasileira e integrante do Conselho de Administração do COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo), Ronaldo Nazário de Lima deu razão a Jérôme Valcke, que disse precisar o Brasil de um “chute no traseiro” para cumprir o cronograma das obras.

“A frase, além da interpretação, pode ter sido errada, pode ter sido uma tradução ao pé da letra sem contar com o sentido exato da frase. Eu não sei também, nem me interessa, mas ele mesmo se desculpou com o ministro Aldo Rebelo. Foi uma infelicidade, mas não tiro a razão da reclamação dele. O Brasil se comprometeu de entregar a Lei Geral da Copa, se comprometeu com obras de infraestrutura e tem muita coisa atrasada”, disse Ronaldo durante entrevista à TV Bandeirantes.

O primeiro ponto de conflito da FIFA com o governo brasileiro se deu com o Ministério do Esporte, mais precisamente com o ministro Aldo Rebelo, que declarou não reconhecer em Valcke o interlocutor da entidade máxima do futebol. Durante vista Às obras da Arena Pernambuco, em Recife, Rebelo disse que responderá à carta de Joseph Blatter, presidente da entidade, tão logo retorne a Brasília.

A entrada de Ronaldo no circuito mostra que o imbróglio caminha para uma solução amigável entre as partes, pois a FIFA e o governo brasileiro não querem chegar à Copa desgastados e sem poder de mando. Sempre lembrando que a Copa do Mundo é um evento da FIFA, não do país-sede. E o governo brasileiro, por intermédio do então presidente Luiz Inácio da Silva, concordou com todas as imposições.