Chávez promete retornar a Caracas em breve, mas estado de saúde do ditador ainda é misterioso

Enganação oficial – Em Cuba desde 24 de fevereiro passado, onde se submeteu a nova cirurgia para a retirada de tumor maligno na região pélvica, o presidente venezuelano Hugo Chávez disse no domingo (11) que dentro de uma semana estará de volta a Caracas. “Se Deus quiser, no próximo domingo à tarde eu estarei na Venezuela”, declarou o tiranete bolivariano que está em campanha pela reeleição.

Tão logo retorne à Venezuela, Chávez, que há alguns meses luta contra um câncer, terá de conciliar sessões de radioterapia com a corrida presidencial, cujas eleições acontecem em 7 de outubro. A volta a Caracas e a suposta retomada da agenda política não significam que Hugo Chávez está curado e terá condições de concorrer à reeleição.

Enquanto Hugo Chávez permanece em Havana, protegido pelos irmãos-ditadores Raúl e Fidel Castro, seus seguidores tratam de levar às ruas venezuelanas a campanha do atual presidente.

“Eu vi as manifestações feitas pelo PSUV [partido governista] e os movimentos de jovens socialistas. Vamos trabalhar pela paz e a unidade com inteligência, sem cair em provocações das forças oposicionistas. Eles não têm um projeto. [As nossas propostas] estão escritas aqui [mostrando a Constituição Bolivariana da Venezuela] e são transparentes”, disse Hugo Chávez, desde Cuba, em mensagem levada ao ar pela televisão estatal venezuelana VTV.

A miopia que toma conta do povo venezuelano torna-se ainda mais evidente quando Chávez precisa viajar para Cuba para a retirada de um tumor. Se em Caracas, a capital, não há hospitais com condições mínimas para um procedimento cirúrgico dessa natureza, o que mostra que a população do país está entregue à própria sorte, é porque o modelo político imposto pelo atual ocupante do Palácio Miraflores é obsoleto e fracassado. Sempre destacando que nada é mais ditatorial do que o socialismo utópico e bravateiro. A decisão de viajar a Havana reforça a tese de que algo mais grave compromete a saúde de Hugo Chávez.