Sob nova direção – Depois de sinalizar a saída de Cândido Vaccarezza (PT-SP) da liderança do governo na Câmara, a presidente Dilma Rousseff indicou nesta terça-feira (13) o também deputado petista Arlindo Chinaglia (SP) para o cargo. A escolha foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.
O porta-voz também confirmou a troca da liderança do governo no Senado Federal, onde a presidente substituirá Romero Jucá (PMDB-RR), há doze anos no cargo, pelo senador e ex-governador Eduardo Braga (PMDB-AM). A substituição de Jucá foi anunciada na segunda-feira pelo líder do PMDB no Senado, o alagoano Renan Callheiros.
De acordo com Traumann, a presidente Dilma agradeceu “tanto ao trabalho do Romero Jucá quanto do Cândido Vaccarezza e continua contando com eles na base de apoio do Congresso”.
A decisão de substituir os dois líderes surgiu depois que o Senado rejeitou a recondução de Bernardo Figueiredo à direção-geral da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Dilma não administrou a derrota e partiu para uma troca repentina que pode ter repercussões imprevisíveis, a começar pelo adiamento da votação de matérias de interesse do Palácio do Planalto, como a Lei Geral da Copa e o Código Florestal Brasileiro.
Para justificar sua decisão e evitar o alargamento da intifada que toma conta de boa parte da base aliada, Dilma anunciou seu desejo de promover um rodízio na liderança do governo em ambas as Casa. A desculpa palaciana não convence, pois os novos líderes não garantirão vitórias ao governo, caso o Planalto não corresponda coma contrapartida. Ademais, a mudança rotineira de líderes, como sugere Dilma, é prejudicial ao governo
O novo líder Arlindo Chinaglia presidiu a Câmara dos Deputados no biênio 2007-2009, no segundo mandato de Luiz Inácio da Silva.