Farra etílico-gastronômica do governo de Roseana Sarney recheia o discurso oposicionista no Maranhão

Caso de polícia – Não há direitista mais convicto do que um representante da esquerda no poder. E a situação aumenta sobremaneira quando o esquerdista se une a um integrante de grupo ditatorial. Esse cenário, que mais parece tema de livro de ficção, pode ser facilmente conferido no Maranhão, onde a governadora Roseana Sarney, representante do grupo que há cinco décadas governa o mais pobre estado brasileiro, tem como vice o petista Washington Luiz.

Há muito na alça de mira dos adversários, Roseana agora enfrenta o discurso duro da oposição, que decidiu não dar trégua à inquilina do Palácio dos Leões. Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Tavares (PSB), que se transformou em pedra no caminho da governadora, apresentou projeto que dispõe sobre a proibição da utilização de recursos públicos na aquisição de bebidas alcoólicas por parte da administração pública direta e indireta do estado do Maranhão.

Por ocasião da proposta, Tavares aproveitou para denunciar uma farra etílico-gastronômica promovida pelo governo de Roseana Sarney, do PMDB, que gastou R$ 2 milhões do contribuinte na compra de bebidas alcoólicas, carnes e sorvetes.

De acordo Marcelo Tavares, o edital nº 072/2011 tem como objetivo abastecer a residência oficial da governadora Roseana Sarney e a do vice-governador Washington Luiz com mil garrafas de cerveja de baixa fermentação, 120 garrafas de vinho fino, tinto e seco, a base de uvas veníferas conservantes (ao custo de R$ 337,24 cada garrafa, o que representa R$ 40 mil ano) e 82 garrafas de vodka sueca (graduação alcoólica 40%).

O líder da oposição, segundo o blog de John Cutrim, destacou ainda que o governo de Roseana comprou 60 garrafas de vinho tinto chileno (teor alcoólico 14%) à base de uvas Cabernet Sauvignon, cujo custo beira R$ 40,5 mil por ano, além de 264 garrafas de champagne branco.

“E ainda tem Whisky importado 12 anos, R$ 158,00 a garrafa, R$ 17.948,00, lá na residência oficial do vice-governador. Uísque importado 08 anos, tem o de 12 anos e o de 08 anos. R$ 88,00 a garrafa. São quase 200 litros importados 12 anos, oito anos e aí vai: vinho chileno, licor sul-africano, tem que ser da África do Sul o licor, licor francês de laranja R$ 2.000, 00 a quantidade toda, vinho chileno”, completou Marcelo.

“É inaceitável que o dinheiro público esteja sendo gasto desta maneira, com farras de bebidas alcoólicas”, protestou Marcelo, ao denunciar ainda que só de carne, nas duas residências, são 8.400 quilos (mais de oito toneladas). “Na verdade são três, porque a residência da governadora são duas, tem o Palácio dos Leões e a casa de veraneio, então são oito mil quilos de carne; de camarão, são 4 mil quilos; de sorvete, são 2 toneladas de sorvete de açaí, de cajá, creme, bacuri e de tapioca; e mais 1.590 latas de azeite de oliva extra virgem (R$ 54.000,00). Até caviar, mas essa aqui é outra licitação. Já para os funcionários é servido quentinha”.

O principal adversário do Palácio dos Leões não deixou de mencionar em seu discurso uma reforma no valor de R$ 500 mil que está em marcha na casa do vice-governador Washington Luiz (PT). “É uma reforma espetacular na casa, para ter uma idéia está sendo comprado um puff, puff, que é aquele negócio que a gente bota o pé, um puff, lá na residência de Washington que custa R$ 1.722,66, são 11 ou 12 puffs, e outros tipos. Agora tem um espelho redondo também lá nesse mobiliário, espelho redondo bisotado de 1.44m, R$ 5.454,00. Eu não sei para que o Washington quer disputar essa prefeitura”, ironizou.

Como se fosse pouco, o abandonado povo maranhense está a financiar uma academia de ginástica para a vice-governadoria, com direito a pesos, halteres e colchonetes. “Pelas contas está dando dois milhões de reais a reforma, mais a comida e a bebida”, finalizou Marcelo.