Paralisação de Metrô e trens em São Paulo dá guarida à crítica do secretário-geral da FIFA ao Brasil

(Foto: Werther Santana - Agência Estado)
Prova dos nove – Falhas em composições do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e oscilação de energia elétrica patrocinaram momentos de caos na maior cidade do País, na manhã desta quarta-feira (14). No momento de pico do problema, perto de 165 mil pessoas foram prejudicadas pelo problema que afetou o Metrô. Na CPTM, um percurso que os trens normalmente fazem em no máximo uma hora demorou quase duas horas e meia. Muitos trabalhadores não conseguiram chegar ao trabalho. Para piorar, os trólebus demoraram a deixar as garagens por conta de falhas no fornecimento de energia elétrica.

Em razão dessa conjunção de problemas, o volume de carros nas ruas e avenidas da capital paulista aumentou de forma assustadora. Nas primeiras horas da manhã já era possível constatar um maior número de carros circulando.

Operando no limite da capacidade, o Metrô avança em termos de expansão em velocidade menor do que cresce a demanda por transporte público. Nas próximas duas décadas, o governo paulista terá de construir pelo menos oito quilômetros de linha no Metrô, sob pena de a cidade de São Paulo parar.

Não é difícil imaginar o que pode acontecer se pane semelhante se repetir durante a realização da Copa do Mundo, quando milhares de turistas, amantes do futebol, estarão no País por causa da competição.

Os problemas registrados nesta quarta-feira no Metrô e na CPTM servem para mostrar a importância da deselegante crítica feita por Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, que dias atrás afirmou que o Brasil precisa de “um chute no traseiro” para cumprir minimamente o cronograma das obras da Copa. Por enquanto o caos está represado ao transporte público urbano, mas será ainda maior quando alcançar os aeroportos brasileiros.