Convocação de Ronaldinho para a pré-seleção olímpica continua sem explicação, mas Globo já deu um jeito

Tudo combinado – Quando o ucho.info afirma que muitos torcem contar a seleção brasileira de futebol, sem assumir publicamente tal postura, sobram pessoas criticando tal decisão. Não se trata de torcer contra o País, mas de discordar do espetáculo duvidoso em que se transformou uma das mais badaladas seleções de futebol ao redor do planeta.

Há muito transformado em negócio milionário, o futebol gera nos bastidores a sordidez que marca o mundo capitalista. Longe de querer condenar o lucro ao patíbulo, mas é preciso criar limites para que a ganância não patrocine situações mentirosas e manipuladas.

Desde que passou a ser exclusividade de apenas uma emissora de televisão, o futebol da seleção tem sido tratado com preciosismo para enganar os torcedores. Essa relação entre um reduto da imprensa e a seleção tem produzido cenas ridículas, como a participação de Ronaldinho Gaúcho, agora jogador do Flamengo, na edição desta quinta-feira (15) do programa “Mais Você”, da apresentadora Ana Maria Braga.

A entrevista aconteceu horas depois de o técnico Mano Menezes incluir o nome de Ronaldinho Gaúcho na pré-lista de jogadores que vestirão a camisa da seleção nos Jogos Olímpicos de Londres. À apresentadora global o jogador rubro-negro declarou que, além de casar, seu desejo é participar das Olimpíadas e da Copa do Mundo. Até porque, derrubar um técnico de futebol o camisa 10 do Flamengo já conseguiu. E Vanderlei Luxemburgo que o diga.

Sem dúvida Ronaldinho Gaúcho já teve sua fase de excelência, merecendo elogios inclusive deste noticioso, mas desde que dinheiro e fama subiram à cabeça o seu desempenho nos gramados despencou. O atleta continua fazendo gols aqui e acolá, mas está longe de ser aquele jogador que com a camisa do Barcelona encantou os amantes do futebol.

A Rede Globo tem o direito de entrevistar qualquer um, mas induzir o torcedor brasileiro a erro é no mínimo uma atitude bisonha. Situação semelhante aconteceu com Adriano, que no momento em que sua decadência como atleta era inevitável a emissora carioca insistia em chamar o atleta de “Imperador”. Ou será que a Vênus Platinada fez referência ao império de confusões de Adriano?

O mesmo ocorreu por ocasião do envolvimento de Ronaldo Nazário de Lima com travestis, em um motel da Barra da Tijuca. Cada um é dono do próprio destino, mas abrir as câmeras de um programa dominical para Ronaldo se explicar foi o cúmulo do absurdo.