Bandidos dominam a cena em SP, mas governo de Geraldo Alckmin continua em berço esplêndido

Mãos ao alto – Em qualquer país minimamente sério o secretário de Segurança Pública de São Paulo já estaria demitido. Mas na terra dos bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prefere fazer ouvidos moucos diante da escalada da onda de violência.

De acordo com o próprio governador tucano, que recentemente usou alguns veículos de comunicação para dissecar os números estatísticos da segurança pública, os criminosos são mutantes. Acontece que essa mutação ocorre em velocidade muito superior à adequação da polícia ao modus operandi dos marginais.

Maior cidade brasileira, São Paulo tem servido de palco para a prática de crimes dos mais variados. Arrastões em prédios e restaurantes tornaram-se parte do cotidiano de uma metrópole amedrontada. Roubos a caixas eletrônicos não mais assustam os moradores da capital paulista. Roubo e furto de carros acontecem a toda hora. O número de latrocínios (roubo seguido de morte) disparou no começo do ano. Quadrilhas especializadas em roubo de relógios de luxo agem livremente. O mais novo local de ação desses marginais é o Shopping Iguatemi, o mais charmoso e badalado do País, destino de nove entre dez descolados da cidade.

Quando São Paulo vivia uma onda de assaltos nos semáforos, as autoridades pediram aos motoristas para que fechassem os vidros dos carros. Depois surgiu a ação conhecida como “saidinha de banco”, quando a pessoa que sacou dinheiro é abordada por bandidos assim que chega à rua. As autoridades pediram aos cidadãos que deixasse de sacar dinheiro. Em seguida entrou em ação a gangue das bolsas, que entra nos restaurantes e leva bolsa s mochilas penduradas nas cadeiras. E as autoridades pediram aos frequentadores de bares e restaurantes para que ficassem atentos e não descuidassem dos próprios pertences.

Os arrastões e condomínios de luxo passaram a acontecer com frequência, mas as autoridades se limitaram a sugerir normas de segurança aos moradores e funcionários desses locais. Os arrastões nos bares e restaurantes têm assustado os frequentadores, mas as autoridades pedem para que as vítimas mantenham a calma. No momento, quem tem feito a festa são os ladrões de relógios de luxo. E um delegado de polícia sugeriu que as pessoas deixem de usar relógios e jóias.

Diante do faroeste a céu aberto em que se transformou a cidade de São Paulo, cabe-nos o dever de deixar uma pergunta. Governador, Sua Excelência foi eleita para o que mesmo?