Deflagrado pela crise na base aliada, calvário de Ideli Salvatti foi antecipado pelo ucho.info

lho da rua – Ter falado que Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, ministras de Relações Institucionais e da Casa Civil, respectivamente, rendeu ao peemedebista gaúcho Nelson Jobim a perda do comando do Ministério da Defesa. Único ministro a deixar o governo de Dilma Vana Rousseff longe de qualquer acusação de corrupção, Jobim foi demitido por ter criticado as duas mulheres escolhidas pela presidente para comandar a articulação política de um governo que continua sem mostrar a que veio.

Com a crise que toma conta da base aliada crescendo cada vez mais, a permanência da ministra Ideli Salvatti na equipe de governo começa a ser questionada, inclusive pela maioria dos parlamentares da base.

Enquanto se dedica a noticiar o fato como se fosse a mais exclusiva das manchetes, a grande imprensa ignora que o calvário de Ideli Salvatti foi anunciado com a costumeira antecedência pelo ucho.info, que destacou a responsabilidade imediata da ministra na crise política logo em seu primeiro capítulo.

Ao convidar Ideli e Gleisi para importantes pastas, a presidente buscou cumprir uma promessa de campanha, a de abrir espaço às mulheres em seu governo. Não significa que as mulheres são incompetentes, pelo contrário, mas nesse caso específico a rebelião que se instalou na base aliada demonstra que são literalmente incompetentes as responsáveis pela articulação polícia do governo da neopetista Dilma Rousseff.

Derrotada em 2010 na disputa pelo governo de Santa Catarina, Ideli foi acomodada na equipe de Dilma como prêmio de consolação. A saída da ex-senadora Ideli Salvatti do cargo é uma questão de tempo e está sendo cobrada com veemência pelos rebelados. Se Dilma Rousseff ceder à pressão, seu governo estará fadado ao fracasso. No contraponto, ignorar a cobrança dos aliados, a situação pode piorar ainda mais.

Já a paranaense Gleisi Hoffmann só chegou ao Palácio do Planalto porque conspirou contra o antecessor, o também petista Antonio Palocci Filho. Em uma eventual troca de cadeiras palacianas a maior prejudicada será a senadora licenciada Gleisi, se analisados os projetos políticos. Afinal, Gleisi trabalha silenciosamente nos bastidores para substituir Dilma Rousseff em 2018, mas o sonho da ministra já virou pesadelo.