No alvo – Quando, no final de 2008, o então presidente Luiz Inácio da Silva pediu aos brasileiros que mantivessem o consumo interno em níveis elevados, como forma de neutralizar os efeitos colaterais da crise financeira internacional, o ucho.info alertou para o perigo da disparada do endividamento das famílias brasileiras e o crescimento da inadimplência. Na ocasião, Lula, que não tolera críticas, disse que este noticioso torcia contra o Brasil. Pelo contrário, este site torce pelo País, mas seus jornalistas cumprem o sacro dever de informar os leitores sobre a realidade dos fatos.
No vácuo da onda de consumismo que eclodiu logo nos primeiros meses de 2009, Lula conseguiu não apenas turbinar a campanha de sua sucessora, a companheira Dilma Vana Rousseff, mas comemorar um feito mentiroso, mas que os palacianos classificaram como histórico. O ingresso de 39 milhões de novos consumidores na chamada classe média, o que só foi possível por causa do crédito fácil, não pela produção de riqueza desses brasileiros que mudaram de classe social.
Passados alguns anos daquela euforia improcedente, analistas econômicos afirmam que o endividamento das famílias e os níveis de inadimplência comprometerão o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012.
Para escapar das consequências da crise que chacoalha a União Europeia, o governo da presidente Dilma Rousseff acena com o lançamento de medidas para estimular a indústria e incentivar o consumo, mas o movimento já é considerado tardio.
Muito estranhamente, até o momento nenhum petista ousou falar em “herança maldita”, bordão adotado por Lula e seus aduladores para criticar as conquistas dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso. No caso de alguém se atrever a fazer críticas ao amaldiçoado espólio deixado pelo ex-metalúrgico, corre o risco de ser excomungado, pois Lula continua flanando nos cirros promovidos pela bolha de virtuosismo vendida aos incautos do planeta.
