Melhor jogador brasileiro da atualidade, atacante Neymar é alvo fácil da truculência dos zagueiros adversários

Alça de mira – O esforço do presidente do Santos Futebol Clube, Luís Álvaro Ribeiro, para manter Neymar na Vila Belmiro foi uma jogada acertada, mas não significa que o alvinegro praiano poderá sempre contar com o atacante. Não que Neymar tenha perdido o desejo de jogar, pelo contrário, mas o camisa 11 do Santos tornou-se o jogador do futebol brasileiro mais caçado em campo.

Sem dúvida alguma Neymar é o melhor jogador brasileiro em atividade, mas a quantidade de faltas que o atacante vem sofrendo pode a qualquer momento mandá-lo para o estaleiro. Para se ter ideia da pressão que o atleta santista sofre dentro das quatro linhas, Neymar recebe quatro vezes mais faltas que o argentino Lionel Messi, líder do Barcelona e eleito o melhor jogador do mundo em 2011.

De acordo com reportagem da “Folha”, o santista sofre, em média, 7,6 faltas por jogo no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores da América. A taxa é quase quatro vezes maior que a de estrelas que atuam na Europa, como Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Lionel Messi (Barcelona) e Wayne Rooney (Manchester United).

Mesmo atuando no Brasil, Neymar esteve entre os indicados ao prêmio da FIFA de melhor jogador do planeta. Querendo ou não os torcedores do alvinegro praiano, o destino de Neymar é o futebol europeu, pois o dinheiro a que tem direito o Santos FC dá ao clube o direito de continuar sonhando com dias ainda melhores. Se ausência de Neymar terá consequências na Vila Belmiro, sua presença na Europa não é garantia de tempos dourados. No Velho Mundo o estilo de jogar é mais duro e a arbitragem é flexível no momento de interpretar uma entrada menos diplomática.

É verdade que Neymar, no começo da carreira, abusou do “cai-cai” na tentativa de cavar faltas, mas agora o atacante deixou a estratégia de lado e passou à condição de alvo predileto dos adversários que não conseguem parar seu ímpeto driblador.

É verdade que Neymar, no começo da carreira, abusou do “cai-cai” na tentativa de cavar faltas, mas agora o atacante deixou a estratégia de lado e passou à condição de alvo predileto dos adversários que não conseguem parar seu ímpeto driblador. No contraponto, quando o Santos negociou sua permanência no Brasil, alguém disse ao jogador que por aqui ele apanharia menos. O que é uma grande mentira. Na Europa, como mencionado acima, o jogo é duro, mas não desleal. No caso de se assustar com a dureza do jogo europeu e retomar o “cai-cai”, Neymar está fadado a ser mais um.

Se for para perder o brilho nos gramados europeus, que ele continue a alegrar os torcedores brasileiros.