Sem limite – Governador do mais importante estado brasileiro, São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin continua devendo uma explicação convincente aos moradores da capital paulista, que estão cada vez mais amedrontados com a onda de arrastões e assaltos a condomínios. E dar explicação é o mínimo que um governante pode fazer quando ações não surtem o efeito necessário.
Quando prendeu, na madrugada do último domingo (8), uma quadrilha especializada em arrastões, que estava prestes a assaltar um condomínio de luxo na Zona Sul da cidade de São Paulo, a Polícia Civil se valeu de toda a pirotecnia para divulgar o feito. Sem dúvida alguma foi um golpe no crime organizado, mas outros marginais estão agindo impunemente e aterrorizando a população paulistana.
Na noite de segunda-feira (9), ou seja, menos de 24 horas depois da cinematográfica ação policial, criminosos sequestraram o motorista de um veículo importado que chegava ao Hospital São Luiz, no bairro do Morumbi. Ameaçado por quatro assaltantes, o motorista foi obrigado a levar os ladrões até a casa do pai. Depois de render o vigia da rua, os criminosos invadiram o imóvel e levaram joias, dinheiro, roupas, bebidas e vários objetos de valor.
O assalto aconteceu a poucos metros do Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista e residência oficial do governador Geraldo Alckmin, que insiste em usar estatísticas para camuflar a insegurança pública que assusta a maior cidade do País.