Dilma fala sobre o atraso da Educação brasileira e complica ainda mais a candidatura de Haddad

Fogo amigo – Até o momento nenhum integrante da base aliada, começando pelos petistas, exaltou a visita oficial da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, encerrada na terça-feira (10), no estado de Massachusetts, onde discursou na Kennedy School of Government, a escola de governo da Universidade de Harvard. E se loas dos aduladores ainda não surgiram é porque a viagem à Terra do Tio Sam foi apenas mais uma.

Esquivando-se de perguntas contundentes formuladas por alunos da universidade norte-americana, Dilma disse à plateia que o Brasil precisa superar o atraso na Educação. “O Brasil tem de correr muito para estar à altura dos desafios que nos apresentam no caso da ciência, tecnologia e inovação”, declarou a mandatária verde-loura.

A visita de Dilma à Universidade de Harvard e ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) reforça o objetivo do governo de enviar 100 mil estudantes brasileiros para reconhecidos centros educacionais ao redor do planeta, com forma de capacitar a geração que estará decidindo o futuro do País dentro de alguns anos.

Se ao fazer tal afirmação a presidente reproduziu o seu próprio desejo, no contraponto acabou prejudicando o “companheiro” Fernando Haddad, imposto por Lula como candidato petista à prefeitura de São Paulo. Ex-ministro da Educação, Haddad continua patinando em sua tentativa de chegar ao comando da maior cidade brasileira. Tendo como único trunfo o fato de ter o ocupado a pasta da Educação, Fernando Haddad foi alvejado pela declaração de Dilma Rousseff, que reconheceu o atraso do País no setor.

Ora, se o candidato do PT quer chegar ao Executivo paulistano apenas porque foi ministro da Educação, as palavras de Dilma mostram que algo de muito estranho há por trás da indicação de Haddad. E o dono da confusão é o mesmo que certa feita transformou em profecia o bordão “nunca antes na história deste país”.