Discurso de Hillary Clinton decifra o pouco destaque que a visita de Dilma teve na imprensa dos EUA

Quebra-cabeça – Diferentemente do que ocorreu com a recente visita de Dilma Rousseff aos Estados Unidos, que teve da imprensa local pouco destaque, a presença da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton no País está ocupando com largueza os noticiosos verde-louros.

Por ocasião da estada de Dilma nos EUA muito se especulou sobre o desinteresse dos veículos midiáticos ianques, mas a resposta era óbvia. Sem antecipar o enigma e dando sequência aos fatos, tomemos a declaração de Hillary Clinton sobre o ingresso permanente do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Hillary disse, na segunda-feira (16), “não podemos imaginar um conselho de segurança no futuro que não inclua um país como o Brasil, com todo o progresso e seu modelo de democracia representativa que oferece oportunidades para o seu povo. (…) Os Estados Unidos admiram, sem dúvidas, o papel de liderança crescente que o Brasil desempenha e a aspiração de ter assento permanente no Conselho de Segurança”.

Pois bem, a declaração de Hillary Clinton é a resposta para a pergunta sobre a visita de Dilma aos EUA. Candidato à reeleição, o presidente Barack Obama não pode ignorar um “player” internacional como o Brasil, mas tecer loas e disparar salamaleques à petista Dilma é outra história. Se assim o fizesse, Obama estaria dando munição aos republicanos para acusá-lo de ter recebido na Casa Branca uma ex-terrorista.

A tese se confirma no trecho em que Hillary usa o futuro ao tratar do ingresso do Brasil no conselho de Segurança. Ou seja, a possibilidade existe, mas o Conselho, no qual os EUA têm grande ingerência, não aceitará um país cujo governante é ferrenho defensor de modelos políticos totalitaristas, como é o caso de Cuba, Venezuela e Irã, entre outros. Resumindo, enquanto a esquerda radical estiver no poder, o Brasil pode continuar esperando sentado.